sexta-feira, 2 de novembro de 2018



NOSSO INIMIGO COMUM


Aqueles que impedem isso e criam todos os problemas do mundo, não são apresentados através das mídias. Nós somos levados ao estado de dormência, somos distraídos, controlados e manipulados, e as mídias são as ferramentas, elas são nosso inimigo comum. Enquanto nós não tomarmos consciência deste fato, os criminosos do mundo irão nos governar e nos trarão somente desgraça.

É um show para entreter o público, uma ilusão.

Chamada de quarto poder no Estado, a mídia é protegida através da Constituição na maioria dos países democráticos do Ocidente [1]. O motivo para isso é que os pais da Constituição assim quiseram, pois o objetivo principal da imprensa é justamente proteger esta Constituição.

A razão de ser da imprensa livre dentro de uma sociedade livre é fiscalizar as lideranças governamentais, pois indiferente como possa parecer, governos e aparatos estatais são compostos de pessoas e estas têm suas fraquezas, por exemplo, elas sucumbem ante a ambição por cada vez mais poder. Portanto, é tarefa da imprensa informar o povo sobre as atividades dos detentores do poder, seja nos aparatos estatais ou na economia. Porém, elas não cumprem esta tarefa; elas fracassaram totalmente.

A definição de uma mentira é de fato bem simples. Uma mentira é quando se deixa uma falsa impressão. Do ponto de vista dos poderosos, é tarefa da mídia construir uma falsa impressão sobre a realidade. Ela protege a elite estabelecida diante do povo, à medida que ela não permita às pessoas saberem o que a elite realmente faz.

Nós somos levados a acreditar que o problema da mídia é pressuposição e parcialidade. Notícias deveriam ser reportadas imparcialmente. A opinião dos jornalistas não deveria ser visível em suas notícias. Mas isso não é o real problema. O problema real é como funciona o sistema de notícias.

Fatos importantes são noticiados, os quais são chocantes por si só, e deveriam levar alguém a fazer algo. Estas notícias são partilhadas a todos de alguma forma, mas dependendo da forma como ela é compartilhada e distribuída, elas desaparecem no mar de informações. Os jornalistas reportam mais ou menos uma descrição exata dos acontecimentos, mas através da colocação e entonação pode-se sugerir sua importância. Desta forma, elas são escondidas em lugares menos importantes e exibidas uma única vez.

Isso funciona então na percepção pública exatamente como no conto “A roupa nova do Rei”. Por exemplo, nós vamos a uma reunião de cem pessoas, todos estão dispersos e conversam entre si, mas uma pessoa no salão está completamente nua. As pessoas vêem aquela que está nua, olham ao redor e notam que ninguém está chocado, todos se comportam como se nada tivesse acontecido. Então pensamos que se isso não incomoda ninguém, então eu também vou fazer de conta que tudo está normal. É óbvio que eu não devo me irritar com isso.

Assim funciona o engodo midiático. Lê-se e ouve-se uma notícia, se revolta com seu conteúdo, mas nota-se que os meios de comunicação se comportam como fosse algo sem importância, ou seja, a opinião da sociedade é levada nesta direção a respeito do fato. Além disso, isso é denominado de politicamente correto [2].

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Análogo ao episódio dos crimes de guerra de Israel na Faixa de Gaza. Durante meses a indefesa população civil foi bombardeada e alvejada, onde 217 palestinos foram assassinados e 22.897 foram feridos somente desde março de 2017. Embora as notícias fossem mais do que chocantes, nada aconteceu, a mídia continuou com a pauta do dia.

Toda pessoa pensante e com sentimento de solidariedade e consciência deve-se perguntar, o que está acontecendo afinal? Um genocídio acontece e a mídia se comporta como se isso fosse normal, os crimes são simplesmente ignorados, até mesmo justificados com a mentira da legítima defesa. Aqueles que criticaram o regime israelense foram destratados e difamados. Ninguém exigiu que os responsáveis fossem punidos. É feito de tal forma, como se a matança de civis fosse algo sem importância, fica tal impressão generalizada e as pessoas absorvem esta ideia.

Por isso, não importa quão importante seja para alguém, o que pensamos sobre os problemas do mundo ou como nós nos engajamos perante a fome na África, ou a preservação de espécies animais em extinção, ou evitar que as florestas seja desmatadas, exploração do terceiro mundo, ou ser contra as guerras ou se posicionar lutando contra o sistemático desmantelamento da liberdade individual e contra a tirania, todos nós estamos sentado no mesmo barco, temos o mesmo inimigo, e este é a mídia estabelecida. Pois a mídia é o escudo dos criminosos que criaram os problemas na sua gênese, que são responsáveis pela injustiça neste mundo. Eles nos mentem diariamente e escondem a realidade.

O que acontece aqui é claramente um direcionamento daquilo que podemos saber e como devemos pensar. Quem se ocupa um pouco mais com a mídia percebe como as mídias noticiam sempre a mesma coisa, da mesma forma e em sequência semelhante. Quase não existe diferença. Seria exatamente se todos os alunos fornecessem a mesma resposta na prova. Aqui tem algo podre e foi copiado de uma fonte. Isso acontece diariamente na indústria da informação.

Durante todo o dia, as mídias recebem uma enxurrada de centenas de notícias. Somente quando observamos o que eles escreveram, todos se concentraram em cinco ou seis manchetes… e eles ignoram as mesmas notícias. Existe pouca diferença, eles salientam a mesma declaração, avaliam as notícias da mesma forma e divulgam a mesma opinião sobre o acontecimento, se silenciam mortalmente sobre outros temas. Não é necessário ser adepto de teorias da conspiração para enxergar que a formação da opinião pública é dirigida a partir de uma central.

Eu já trabalhei para um jornal e por isso conheço o sistema como as reportagens são codificadas pelas agências de notícias. São necessárias apenas algumas poucas pessoas nos lugares importantes para direcionar as mídias na direção desejada. Quem controla o fluxo de informações, controla a percepção dos acontecimentos. Além disso, adiciona-se a influência que recebem editores e redatores através do sistema, sejam dos partidos, governos, militares, serviços secretos ou conglomerados. Quem tem dinheiro e poder, este dita o que a opinião pública deve ou não saber.


Mas o importante não é quem faz ou por que fazem, mas sim antes de tudo, que nós sejamos conscientes da ilusão, manipulação e mau direcionamento, e por isso devemos analisar as mídias de forma crítica. Tudo que lemos, ouve e vê, e também o contrário, aquilo que a gente não percebe, o que eles abafam e deixam de lado, isso eles fazem de propósito. Uma coisa tem que estar clara, as mídias não reportam enredos reais, mas mostram o mundo como a elite reinante quer que nós acreditemos.

Seria condizente alterar a descrição das mídias, não mais rotulando-as como agências de notícias ou organizações de jornalismo, mas sendo sincero e dizer que elas compõem o departamento de Relações Públicas dos conglomerados e órgão de propaganda do governo. Os jornais e revistas devem ser chamados de catálogos e os noticiários na TV de intervalo comercial ad eternum e Infotainment[3]

Tudo isso pode ser comparado à Luta-Livre (Wrestling). Cada um sabe que os lutadores não lutam de verdade lá no ringue, mas eles proporcionam apenas um passatempo. São atletas bem treinados que se enfrentam, que simulam serem adversários, mas onde tudo é combinado e calculado. Após a “luta”, eles saem para beber cerveja como bons amigos que são. É um show para entreter o público, uma ilusão. Exatamente assim funcionam as mídias perante o establishment. Elas estão na mesma cama sob o mesmo cobertor. As mídias não cumprem sua tarefa no interesse da população, mas servem os poderosos da elite governante.


Por isso, o que a imprensa e as emissoras de TV apresentam é apenas uma pequena parcela da informação real, na maioria das vezes trata-se fazer a cabeça, tomando a população por tola e distraindo-a dos temas que realmente importam.

Um bom exemplo disso foi o que aconteceu nos EUA em 2009, devido ao pagamento de bônus aos diretores da AIG. Uma senhora histeria é promovida por causa dos 165 milhões de dólares, todas as mídias mostram sua indignação diante desta injustiça, mas o tema principal é ignorado, onde foi parar os bilhões em dinheiro dos contribuintes, usados para salvar os bancos? Trata-se de milhares de bilhões! Por que justamente o banco Goldman Sachs recebe a maior parte da grana, onde o antigo secretário do tesouro de Bush Jr., Henry Paulson, foi ex-diretor? É surpresa, a maior parte da doação para a campanha eleitoral de Obama ter vindo do Goldman Sachs? [4]

Ou é noticiado detalhadamente sobre o "Zé da Esquina", mas que também naquele momento o presidente de Israel é acusado por múltiplos estupros, abusou sexualmente de suas secretárias e assistentes por anos a fio, isso é mencionado somente à margem, quando chega a ser noticiado. Diante de todos os atos desprezíveis que "Zé da Esquina" cometeu, ele é apenas uma centelha insignificante quando comparado aos crimes de um graduado político e governante de um país. A história de um é divulgada ao máximo, a do outro, silenciada.

Também quanto aos 50 bilhões surrupiados por Madoff [5] e que desapareceram, pareceu não interessar às mídias nem um pouco. Ninguém quer saber quem o ajudou a executar esse gigantesco golpe e aonde foi parar o dinheiro. A suspeita repousa na hipótese de políticos e banqueiros terem encoberto e ajudado Madoff, pois só assim este golpe seria possível. Ao invés disso discutiu-se sobre a doméstica que roubou um pacote de manteiga. Aqui se vê a dupla moral e como banalidades são utilizadas para distrair a população dos acontecimentos mais importantes cometidos ou encobertos pela elite dirigente.

Nós vemos que o pequeno é atacado com uma fúria devastadora, seu caso descrito em pormenores, mas sobre os comportamentos criminosos dos poderosos é dito pouco ou até mesmo nada. Ninguém da mídia estabelecida exige que Bush e Cheney respondam pela ilegal guerra ofensiva contra o Iraque, baseada em mentiras descaradas sobre armas de destruição em massa e até o momento custou a vida de 1,3 milhões de pessoas. Como silenciar-se diante de tal genocídio?

Por isso mesmo, pessoal, parem de lutar uns contra os outros, não se trata aqui de esquerda contra a direita, ou de verde, amarelo, vermelho ou preto; ou ateísta, muçulmano ou cristão, o que nós ouvimos durante todo dia só serve para nos dividir. Existem temas muito mais importantes que são abafados, mas que atingem a todos. Em princípio, todos nós queremos a mesma coisa, nós queremos um mundo mais saudável, nós queremos liberdade e auto-determinação, nós queremos paz e justiça.

Aqueles que impedem isso e criam todos os problemas do mundo, não são apresentados através das mídias. Nós somos levados ao estado de dormência, somos distraídos, controlados e manipulados, e as mídias são as ferramentas, elas são nosso inimigo comum. Enquanto nós não tomarmos consciência deste fato, os criminosos do mundo irão nos governar e nos trarão somente desgraça.


Notas:

[1] - Esta polarização que varia desde um conflito econômico até uma agressão militar, não reflete de forma alguma o sentimento dos povos do Ocidente, mas sim exclusivamente a posição da plutocracia anglo-americana. 

Sempre que lemos jornais e revistas ou ouvimos os noticiários do rádio ou da TV, nos deparamos com frases do tipo: “Tropas ocidentais matam quatro civis por engano” ou “Em meio a pressão ocidental, Rússia promete sair da Geórgia”.

Para garantir que os “Estados Democratas do Ocidente” tenham legitimidade política em suas ações, a plutocracia colocou no comando da mídia os senhores abaixo listados, que garantem informações “objetivas e independentes”, a informação na mídia ocidental vem basicamente daqui: 

AOL-Time Warner: Gerald Levin
CNN: Walter Isaacson
Polygram: Edgar Bronfman Jr.
Walt Disney: Joseph E. Roth
Miramax Films: B. & H. Weinstein
ABC: Michael Eisner
Viacom: Murray Redstone
CBS: Murray Redstone
Dreamworks: Katzenberg/Geffen/Spielberg
Vivendi: Edgar Bronfman Jr.
News Corporation: Rupert Murdoch
Associated Press: Michael Silverman
Advance Publications: Samuel Newhouse

Jornais e revistas:

New York Times: Arthur Sulzberger
Washington Post: K. M. Graham
Wall Street Journal: Peter Kahn
New York Daily News: M. Zuckerman
New York Post: Peter Chernin 

E pensar que hoje esse monopólio está cada vez menor e mais concentrado com a fusão dessas multinacionais.

[2] - Exemplo de manipulação e leviandade midiática foi o episódio da gaúcha que se cortou desenhando umas "suástica" no corpo com o intuito de atribuir uma maldade "nazista" incutida e atribuída a candidatura de Jair Bolsonaro á presidência, bem aos moldes da Indústria do Holocausto.

[3] - No artigo 220 da Constituição Federal de 1988, que dispõe sobre a liberdade de imprensa, é dito também em seu § 5º: "Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio."

[4] - Socialismo pra mim, neoliberalismo pra você. Como funciona de fato a dupla moral da plutocracia norte-americana? Naquela época, isso ficou mais do que claro.

Na hora da dificuldade financeira, até o porta-estandarte da famigerada economia de mercado – os EUA, com sua conhecida repulsa à intervenção do Estado nas regras do mercado, se rendem à ajuda estatal!

Ao invés de deixar as empresas Fannie & Freddie falirem – como prega o liberalismo – podemos ver a doutrina socialista mais atuante do que nunca, penetrando no dia-a-dia das ações do governo norte-americano. O secretário do Tesouro, Henry Paulson, recebeu um cheque em branco para comprar os títulos podres das empresas e tenta se explicar a um senador:

Senador Jim Bunning (Kentucky): “Mas isso não responde a questão. De onde está vindo o dinheiro que você colocou à disposição?”
Henry Paulson: “Bem, obviamente ele está vindo do governo”.
Senador Jim Bunning“E quem é o governo?”
Henry Paulson: “Os pagadores de impostos”.

A cena hilária, com Paulson como protagonista, pode ser vista aqui.

[5] - O Golpe de Madoff foi uma gigantesca fraude aplicada pelo ex-dirigente da Nasdaq, Bernard Madoff, provoca efeito colateral sobre a comunidade judaica do Ocidente.

Conforme a própria liga anti-difamação (ADL) reportou em 2 de outubro de 2009, cresce por todo o mundo o número de mensagens e artigos contra judeus, devido às falcatruas que estão sendo descobertas com o agravar da crise financeira.

Após o golpe do Lehman Brothers (✡), dos bilhões de dólares disponibilizados por Bernanke (✡) para salvar a plutocracia a custo da dívida pública (em última instância vai penalizar os contribuintes norte-americanos), a situação irresponsável provocada por Greenspan (✡) parece ter agora uma nova vedete: a pirâmide fraudulenta de Madoff (✡) 

Neste golpe financeiro, é admirável que o Security and Exchanges Comission não tenha levado a sério as denúncias que começaram já em 1999, conforme noticiou o Estadão. Provavelmente elas não tenham sido investigadas mais a fundo, pois alguém com “correta consciência política” deve ter alertado que se tratava “sem dúvida alguma” de mais uma Teoria da Conspiração, afinal de contas, Madoff é judeu.

É claro que uma acusação generalizada contra os judeus não procede. Muitos integrantes desta peculiar comunidade religiosa são simples seres humanos, sem qualquer envolvimento com atos ilícitos. Porém, carregam inevitavelmente o peso das acusações dirigidas inconscientemente contra eles, mas que na realidade são dirigidas contra as ações virulentas de seus pares sionistas.

Interessante notar que no Jornal Nacional de ontem, após menção ao caso Madoff, a redação do programa tratou logo de mostrar que o cineasta Spielberg (✡) também foi vítima da fraude. Hoje de manhã, o Bom dia Brasil também salientou que mais vítimas estão indignadas: dentro do imenso universo multi-étnico dos EUA, o destaque foi somente para as vítimas da comunidade judaica.

A tentativa de neutralizar este mais recente surto da “doença do anti-semitismo” acaba por evidenciar um fato curioso: como a influência judaica controla ainda os meios de comunicação de massa do Ocidente.

Mas não a Internet, pelo menos não ainda ou não totalmente. - Fonte: Inacreditável

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